Izabela Sanchez (31 anos | Bauru, SP) é formada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2011-2014) em Campo Grande (MS). Durante a faculdade pesquisou nos campos de sociologia da comunicação, comunicação de massa, adaptação literária para o audiovisual e jornalismo.
Trabalhou como repórter local e assessora de imprensa em Campo Grande e, também, como repórter freelancer para veículos de mídia independente (Amazônia Real e De Olho nos Ruralistas), além de veículos da grande mídia (uma breve experiência para a Folha de São Paulo e uma colaboração com outros jornalistas como correspondente para o The Sydney Morning Herald, da Austrália). Escreveu, principalmente, sobre povos indígenas e questões ambientais.
Seu livro “semblante” foi lançado pela Editora M.inimalismos e pode ser adquirido no site por 50,00:
https://www.editoraminimalismos.com/product-page/semblante-de-izabela-sanchez
Atualmente mora em Avaí (SP) onde trabalha em sistema home office para uma agência de São Paulo especializada em meio ambiente e questões climáticas.
Leia aqui um poema de “semblante”, de Izabela Sanchez:
Isabel
Doce Isabel,
pobre Isabel.
Isabel sofre:
nem de lágrima
pode Isabel.
De si,
fazer social:
escrava.
Deve ser:
lavar roupa
lavar louça.
Respira, Isabel!
Até não poder.
Derrete, Isabel:
enquanto queimam
sua pele
no fogo dos dias.
Na labuta,
enquanto queimei sua alma.
Seja leve, Isabel:
Nevoeiro,
eterno,
queima também
vida daqui a pouco.
Não olhe para trás.
Fecha os olhos:
deixe-os em algum lugar.
Vai-te, Isabel!
Vai-te, sem avisar.
Beija a criança,
não faça, hoje,
uma janta.
Data da porta:
vai.