Arte: Joniel Santos | Roteiro: Aristides Oliveira
Sou da geração que aprendeu ouvir música na rádio e a registrar tudo em mídia física, sem algorítimos, me surpreendendo com as canções que chegavam das Estações e confiando na curadoria dos radialistas. Essa HQ é dedicada aos amantes da boa música.
Lembro que na minha casa tínhamos um toca disco Philips 133 amarelo. Nessa época, o New Kids on The Block (NKOTB) estava no auge e minha irmã (Marília) estava empolgada com eles, cortando o cabelo igual ao Jordan Knight. Ela tinha o disco Step by Step (1990) e queria escutar na vitrola. Fiquei observando a empolgação de encaixar o LP e a súbita frustração: o som estava muito abafado, chiando, quase inaudível. A vitrola não estava funcionando muito bem.
Não recordo se compramos outra vitrola, mas a gente começou a fazer a conversão de alguns discos para o K7, devido à praticidade no uso do suporte. Os discos do NKOTB ficaram esquecidos após virar fita BASF 60 min. Migramos do Philips 133 para o Sony CFS 3000 cinza. Considerava aquele toca fitas prateado um mini boombox, arrasa quarteirão com ensurdecedores 20 W PMPO!
Ele foi utilizado até 1999, quando minha outra irmã (Marina) comprou um toca CDs, mudando os hábitos dos ouvidos em casa. Resisti ao CD até 2002, quando percebi que era difícil comprar fitas virgens, me adaptando ao “novo” formato.
Escrevi essa história para recordar meus tempos de ouvinte das rádios e mandar um obrigado a todos que me influenciaram a conduzir a vida com excelentes trilhas sonoras.
Aristides Oliveira.
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