A pesquisadora Isis Rost disponibiliza o trabalho que realizou sobre uma das revistas mais influentes da vanguarda brasileira: Navilouca.
“Organizada por Torquato Neto e Waly Sailormoon, Navilouca foi distribuída como brinde de natal a alguns clientes da Polygram. O lançamento ocorreria apenas em junho de 1975, com show duplo de Caetano e Gal, como foi anunciado pelos jornais da época. O baiano conseguiu o apoio financeiro de André Midani, executivo da Polygram, para imprimir a revista. Com projeto gráfico de Óscar Ramos e Luciano Figueiredo, Navilouca tinha um formato grande, de 36 cm x 27 cm, colorida, com 92 páginas. As páginas não possuem numeração, e o papel tem uma gramatura maior que as revistas convencionais, em torno de 120grm”.
Idealizada e montada em 1972, ano emblemático de muitas experimentações, a Navilouca só seria impressa em 1974 e logo se tornou verdadeira lenda entre as publicações alternativas do período, oferecendo um painel do que havia de mais radical nas letras, nas artes visuais e no cinema por estas bandas.
Neste ensaio, fruto de dissertação de mestrado (UESPI), Isis Rost apresenta algumas de suas chaves, fazendo um corte transversal no material organizado por Torquato Neto e Waly Salomão e ressaltando duas tríades que marcam toda a linguagem do “almanaque dos aqualoucos”: a concreta, com Augusto, Haroldo e Décio, e a experimental, núcleo da revista, identificada em Torquato, Waly e Hélio Oiticica.
Temos aqui a proposta de um encontro direto com as páginas da Navilouca, num texto irreverente e inventivo, cujos capítulos (e mesmo os subtítulos) podem ser lidos de forma independente, compondo um caleidoscópio para saudar os 50 anos deste projeto único, quase delirante, lance final do poeta piauiense que se suicidou naquele intenso ano de 1972.
Comece a ler agora, baixando gratuitamente a obra:
https://drive.google.com/file/d/1sTAZczPEu0Z72oBGMbwqrclBdI6nFJ0T/view
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