Crédito da foto: M Céu Costa.
Maria Azenha é uma poeta portuguesa. Licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra. Exerceu funções docentes nas Universidades de Coimbra, Évora e Lisboa e na Escola de Ensino Artístico António Arroio.
Membro da Associação Portuguesa de Escritores e membro de honra do Núcleo Académico de Letras e Artes de Lisboa. Tem mais de uma vintena de livros publicados e participação em diversas Revistas literárias. (…) Ver: https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Azenha
Seguem poemas do livro ” Bosque Branco “, publicado em 2020 pela Ed Urutau.
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Um bosque
Um barco
A lembrança do vento
O voo de um pássaro
Um número de ouro por toda a parte.
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Lá fora o vento vigia uma canção demente.
Queira Deus que o meu Amado não se torne um bandido.
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Entrelacei as mãos e lembrei-me de teus braços.
O meu coração foi a correr procurar-te.
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Desenhei um poema.
Desenhei-o para ti.
Ficarias louco se o visses.
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O meu coração está em fogo.
Não vejo hora de abraçar-te.
É meia-noite e ainda não durmo.
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Costuro a Primavera em ramos de lua nova.
E o teu nome fica maior.
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A noite passada falámos.
Fiz de teu coração um sacrário.
Esta noite, longe de ti, afago na minha mão uma pedrinha branca.