César Sobrinho é escritor, tradutor-editor e professor. Bacharel em Língua e Literatura Estrangeira – UFBA. Mestre em Literatura e Cultura; Doutorando em Crítica e processos de criação em diversas linguagens, ambos pela UFBA. Foi consultor do espetáculo teatral Peles Negras, Máscaras Brancas, 2019, dirigido porFernanda Júlia Onisajé. Assina o texto do espetáculo audiovisual DOÚ ALABÁ, 2021, sob a direção de Ângelo Flávio.Traduziu o livro Frantz Fanon, O olho se afoga / mãos paralelas – teatro filosófico, 2020; e Frantz Fanon, pelos textos da época, 2021, Ed. Segundo Selo. Organizador e editor da Coleção de Contos e Fábulas Negras e Crioulas em 4 vol, 2021; coleção premiada pela Lei Aldir Blanc. Tem seus poemas publicados na Revista Organismo n. 3 e n. 10; Antologia Enegrescência, 2016. Publicou em 2023, as traduções: A tradição manuscrita do Lai de l’Ombre de Joseph Bédier, com Ari Sacramento; E mais recentemente, com apoio da Embaixada Francesa, Os marrons, de L.T. Houat (2023). Participou de diversas feiras literárias como: Flipelô, Bienal do Livro da Bahia, FLIPF, Festa Cultura e Identidade. Faz parte do conselho editorial da editora Organismo/Segundo Selo. E no prelo, Deus só teme a noite (2023), primeiro livro de poesia.
convite
convido-te
ao meu orgulho,
ego ferido no espinho
do mergulho,
tempo
da rede e do seu ar/ /rasto.
coisas elásticas,
feras intestinos, ritos,
tiros,
tanino das ruas
cruas,
amarguras, agruras do
amor ao mar
no ramo de erva que
reza meu corpo
a cor/
/pó suspenso nos
azes
azeviches,
nos vixes
na cruz e o fixo carrefour da morte,
a tormenta na glote,
! o grito
a gruta,
a puta, o truta na grelha, a pedra de sorte
a tosse sem fim
o osso
mar
-fim.
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lançamento
publico apenas poemas
que não quero.
estão atrasados. todos velhos.
Jogo-os fora no livro.
não os desejo mais comigo.
tudo que lanço, que atiro
são dos nós
o mais antigo.
e por incrível que apareça
são o novo
daquilo que quero, pereça.
tudo que faço e
que por hora apareça
é tudo
aquilo que
peso,
na hora exata,
que desapareçam!
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produz
leve-traz
sutil
como
uma
mão quando empurra
enquanto puxa,
cede à criação
sem tombar diante o peso
daquilo que enxuga,
é sede
se
entrega o texto
sem render-se à culpa
ocupa o espaço do possível
cruzando a esquina
do improvável
traduz
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