Mariana Madelinn é baiana com orgulho, bissexual, bacharel em Direito e desde 2009 publica poesias na internet. A partir de 2018 começou a publicar de maneira independente na Amazon, tendo participações em antologias nas editoras Corvus e Maria Bonita.
Contatos no Instagram como @madelinnautora e no Twitter como @mmadelinn
Qual o sentido?
Penso na vida
Como a lágrima
Derramada
No filme
O arrepio sentido
Nas primeiras vezes
E o suspiro
Apaixonado
Mas há
Quem diga
Que é o caminhão
Vindo a mil por hora
Na sua direção
A família de margarina
Das propagandas
As explicações
As palavras
O dito
O dito
O dito,
Não o sentido.
Soma
Não quero
Os restos
Quero sentar-me
À mesa
Escolher o prato
Fazer banquete
Enfeitar a festa
Ser celebrada
Reconhecida
Vista
Dispenso
As sobras
Sendo minha
Já sou excesso
Se chegar
Tire os sapatos
Peça licença
Traga seus pratos
Vamos somar.
Eu sou rio
Eu temo
Uma vida
Morna
Escolhas óbvias
E tudo aquilo
Que não
Me cause arrepios
Não sei ensaiar
Paixões
Forjar interesses
Nem me prender
À comodidades
Minha única
Regra
É o movimento
E a reinvenção
A água
Tem memória
Mas o rio
Nunca é o mesmo.