Sergia A. vive em Teresina-PI. É mestra em Letras/Literatura, Memória e Cultura. Autora dos livros Quatro Contos (Editora Quimera – Teresina, 2018) e Adejo (Editora Venas Abiertas – BH, 2019). Participou de coletâneas diversas: A mulher na literatura Latino-americana, EDUFPI/Avant Garde (Teresina, 2018); Conexões Atlânticas, Infinita (Lisboa, 2018); Outono Literário: Mulherio Europa em Verso e Prosa, Fafalag (Munique, 2018); Antologia do Desejo: Literatura que desejamos, Patuá (São Paulo, 2018), Eros da eras, Avant Garde Edições (Teresina, 2019). É responsável pelo blog Do Caminho no site da revista Revestrés.
A Hora do Meio
A tarde se ergue em corredores silenciosos, como resposta que não veio. Abrigando entre páginas do solitário labirinto os corpos perdidos.
Escoltados pelo medo do inevitável encontro, jazem esquecidos de si mesmos. Esculpidos no vazio que se ergue entre corredores no meio da tarde.
Assim Falou Caetano
I – Sobre a vida secreta das pipas
não é sol de dezembro
não tenho bolsos ou mãos
ainda assim caminho contra o vento…
por que não?
Assim Falou Caetano
II – Sobre a vida secreta das flores
elas seguem assim poderosas
sob o sol de quase setembro
ainda que nos portais
a luz se reparta em crimes
atentados terroristas
ameaça de guerras
ou charlottesvilles
há monalysas bonitas
alegria… alegria…
Geometria do Azul
alongam-se os sólidos
reduzindo em forma o azul
(Etéreo. Indócil)
como se a vida, por inteiro,
coubesse em seu invólucro.
presunção do insólito
(Reverso. Confesso)
desalinhando-se da extensão
concreta do incógnito.
Instantâneo
Há na tua lente
sem truques nem filtros
pele vivida sob o sol
rugas marcando olhares
e risos
sob os óculos
bolsas de noites insones
Na tua lente
sem reparos digitais
a luz escreve tempo
em corpo de gente
Voar
verbo regular
ampla transitividade
só para quem sabe namorar
o vento.
Oi Sérgia A, boa noite, acabei de mergulhar em tua poesia. Confesso q causou-me um susto gostoso ao ler os teus poemas. Preciso conhecer mais o que escreves. Como adquirir os teus livros? A Antologia da Patuá, posso pegar por aqui. Claro qdo essa loucura toda terminar e for possível comparecer à Patuá do meu querido amigo Eduardo Lacerda. Para qual endereço posso encaminhar via correio um envelope? Se quiser use o meu e-mail particular: [email protected]