Aqui se respira a hiperfiguração
as partículas do caos
O ano é 1962. Amaral nasce no Ceará, mas só passa 30 dias por ali. A família se muda pra Campo Maior, no interior do Piauí. Ninguém sabe dessa gênese dele e, é claro, continuará mantida em segredo por nós, pois o porta voz do hipocampo teve outros deslumbramentos – e não leva o principal traço do cearense: que é o tino pros negócios.
Começou a vislumbrar o mundo tendo a primeira visão de liberdade: os planos gerais daquele imenso campo. Havia um cinema, Cine Nazaré, onde participou da movimentação de uma rapaziada dos quadrinhos – trocando idéias e materiais. Acordava com um açude no quintal de sua casa. Ia escondido da mãe. Ela descobria, ele levava uma taca. Não tinha jeito. No outro dia, ia escondido de novo. Pagar os banhos no açude por pisas diárias valia a pena. Quando criança, viu um amigo na escola desenhando um coelho no papel. Encantou-se com a descoberta de criar e começou a desenhar. Até hoje, está na ilusão de tentar acertar o coelho. Acredita-se que ele trocou o coelho por um piau. É lúdico e é verdadeiro.
Veio pra Teresina em 1975. Morar no bairro Parque Piauí (formação do bairro, barra pesada). Conheceu outros amigos pra trocar estudos e se espanta com um grupo que virou Tarântula.
Já adulto, suas partículas começaram a sentir pavor da objetividade. E sentem pesadelos com a figuração. Criou um universo novo chamado Hipocampo. Publicou em quadrinhos que circulam por aí. Certa vez, um pesquisador chamado Flávio Calazans, doutor em ciências da comunicação pela ECA/USP, teve contato com seu conteúdo e escreveu: É preciso abrir-se para o novo ao ler Amaral. Ele é à margem ou acima de todas as categorias.
Pai, desaglomerante bege, avô, não-retilíneo, marido, cheio de ingrisia, filho, amigo, humorista, designer, artista plástico, azunhador de viola, compositor, quadrinista, fundador de Berilo 2, editor… – Amaral só não sabe ser vendedor. Mas também pode ser Antônio de Pádua, uma das pessoas mais bonitas que podemos conhecer. É com ele que a Acrobata bate um papo. Esse habitante do bairro Mocambinho que tenta, em vão, driblar o barulho dos vizinhos.
Como foi que começou a hq Hipocampo? A idéia veio de onde? Flávio Calazans diz uma coisa interessante. Ele fala que “o seu traço é veloz e manchado, chegando a certos graus insurpotáveis de abstração”. Como pensa e trabalha tua estética a partir desse abstracionismo?
Amaral – Quem melhor definiu foi Calazans. Ele foi exatamente no cerne da questão. Através do desenho caligráfico, aproprio-me de um recurso estético pouco experimentado pelos autores da arte sequencial, um tabu que estaria diretamente ligado ao discurso horizontal, o qual queria me distanciar. Dessa forma, mesmo que inconsciente, a proposta do que chamo “hiperfiguração”, foi tomando corpo, enquanto outra necessidade também aflorava, a semântica transversal do discurso paralelo, essa, um afluente da poética e também, em menores cachos, da prosa surrealista.
Quando foi que tu leu A Garagem Hermética, do Moebius?
Amaral – Final de 1980.
Seria aí o insight que tu tomou pra pensar o teu trabalho?
Amaral – Sim. A Garagem Hermética realmente me despertou essa desconfiança de que, roteiro e
argumento são questões secundárias no processo da arte sequencial.
E o nome Hipocampo?
Amaral – O hipocampo é o principal órgão do sistema límbico, responsável pela memória e o aprendizado, fica localizado numa área estratégica do cérebro, entre os dois lados, como se fosse um núcleo. Penso que seja aí onde as coisas se materializam, onde ocorre a criação. Partindo dessa interpretação, fiz desse termo um universo paralelo, como se fosse o universo autoral.
Dentro da produção mesmo, a palavra Hipocampo começou a ganhar outro significado pra ti?
Amaral – Parece que o termo hipocampo caminha para um sentido manancial. O design gráfico, o quadrinho e as artes plásticas, essas 3 atividades profissionais, cada vez mais se contaminam. Difícil separar. Imagens Congeladas no Hipocampo, título de uma exposição que fiz em João Pessoa, ilustra bem isso, eram bâneres, imagens digitais, manipulação de aquarelas e outras técnicas, em soft de imagem, acompanhadas de textos/legendas, que imaginei caírem bem em momentos de puras inutilidades, como esperas em consultório, coisas assim. (risos)
Tu tem referências do quadrinho, cinema, leituras científicas… Mas, de poesia, tu lia o quê? Quais eram os autores que te serviam de referência, que te municiaram de idéias pra construção da linguagem do Hipocampo?
Amaral – Basicamente poetas brasileiros. Os três pilares da poesia: Raul Bopp , Quintana e Manoel de Barros. Manoel foi depois do Hipocampo. Costumo dizer que, se o tivesse conhecido antes, talvez tivesse comprometido o rumo dos orbitais. Foram esses caras que empurraram a poesia pra dentro do discurso. Então são eles também, não somente os quadrinhistas, que arejaram o Hipocampo. Mas eu lia também Drummond, Bandeira, João Cabral. E, já depois de um certo tempo, descobri o H. Dobal, que é de uma aridez, e ao mesmo tempo tão sutil, que, numa primeira vista, confesso que tive que pegar algumas vezes pra entender a poesia dele. Li algumas coisas estranhas. E o que me chamava mais atenção, no que vinha de fora pra dentro, era o que parecia fora do eixo. Li o “Tarântula”, do Bob Dylan, A Garagem Hermética… Então, essas coisas da literatura, da poesia, foram fundamentais para a criação do discurso verbal do Hipocampo.
Como tu faz pra articular termos e palavras no verso regional, rural, com elementos dos quânticos, com questões científicas, pra resultar numa linguagem sofisticada e singular?
Amaral – Não tive competência pra utilizar melhor, o que eu aprendi na escola, para o bem da humanidade. Passei, então, a brincar com isso, a mangar de mim mesmo, com os termos científicos, com formulas matemáticas. Essa foi a forma que encontrei de justificar tudo isso, tentando tornar a leitura um pouco mais agradável, sem entrar em conflito com o discurso não-verbal, procurando manter o texto distante das imagens, sem, no entanto, perder a conexão linguagem rural, um outro dialeto, que me fascina e contamina. Dália, minha neta, diz assim: “Ô, vovô, por que você faz questão de falar errado?” (risos). Esse hábito, cada vez mais espontâneo, essa informalidade cabocla, vai aos poucos desconstruindo, graças a deus, a formalidade erudita. O Hipocampo é construído, por assim dizer, de uma gíria que ajunta todas essas terminologias. A síntese, outra característica herdada dos concretos, é como exercito à minha ilusão poética. Finalmente, esse impulso de querer saber como as coisas funcionam, talvez explique a curiosidade pela ciência, religião, ufologia…
Fala sobre a Hipocampo número 2 e sobre tu ter recebido o prêmio HQMIX.
Amaral – Foi Ricardo Soares quem passou a revista pro pessoal do HQMIX. A segunda ocorrência tinha sido aprovada pela lei A. Tito Filho [edital de patrocínios culturais em Teresina]. Em função da demora, acabei fazendo com o Prof. Marcílio, do Dom Barreto, foi com essa edição que o Hipocampo invadiu a realidade objetiva. Esse prêmio viabilizou essa atividade, como uma terceira profissão, assim como a pintura e o design gráfico.
Tu ganhou o HQMIX com a Hipocampo nº 2, mas existem 4 números. Que caminhos tu percorreu para publicar todos? Como faz pra divulgar teu trabalho?
Amaral – Todas as edições são independentes, sem periodicidade nem compromisso editorial. A 3ª ocorrência, antes mesmo de ser impressa, foi co-editada pela Ópera Gráfica que propôs comprar a metade da edição em troca de sua logomarca na capa, certamente em razão da recente premiação. Os dois primeiros números foram feitos com o Prof. Marcílio, a 3ª ocorrência, pela Lei A. Tito Filho, financiado pela Caixa e a 4ª ocorrência foi patrocinada pelo Governo do Estado. Todas com pequenas tiragens, de mil exemplares. Exceto a 3ª ocorrência, não tiveram nenhum critério de distribuição. Agora, com as redes sociais, nós, autores, temos maior facilidade em divulgar e amenizar, em parte, uma deficiência que, acredito ser inerente ao autor.
Conversando com várias pessoas sobre o teu trabalho de quadrinhos, que acaba sendo o teu trabalho que mais circula, justamente porque revista circula, algumas pessoas dizem assim: “Ah, porque o quadrinho é um quadrinho de arte”. E se sentem incomodadas, às vezes, por que a história não tem um fechamento, não tem aquela coisa linear que a pessoa espera, de começo, meio e fim. O público que vê teu trabalho é um público muito pequeno? Tu acha que as pessoas estão despreparadas pra ver o teu quadrinho?
Amaral – Quando desenho, não me ocorre nada disso, nem me passa pela cabeça. Um fato que sempre comento quando me perguntam sobre isso… A professora Socorro Santos, em uma experiência em sala de aula, com alunos que, no momento não me ocorre a série, trabalhou com uma das HQs e o resultado foi surpreendente. As crianças não tiveram nenhuma dificuldade! Acredito que o meu processo criativo está mais próximo do, digamos, infantil, do que o do adulto. A forma instantânea e instintiva, em vez do esboço, da equação, do projeto, esse dispositivo renascentista de que a arte será sempre um grande e complicado projeto, não me diz muita coisa.
Em outro Estado, houve uma crítica ao teu trabalho, que o teu desenho era muito bom, mas o texto não fazia sentido com o desenho…
Amaral – Foi dito que o Hipocampo era um catálogo de aquarelas, bonito, mas não dizia coisa com coisa. Escrevi um texto/réplica com alguns trechos do Raul Bopp, do Quintana e do Manoel de Barros. Como você pode compreender uma linguagem se o seu código sobrepõe-se ao do outro? É assim que as mentes conservadores se comportam, pela soberba e arrogância, porque não aceitam o diferente, não querem rever seu próprio sistema. Existem as coisas que a gente vê, as que a gente não vê e aquelas que não se quer ver.
Conscientemente, tu tem alguma introdução de surrealismo no teu trabalho? Ou o que vem aos olhos, enquanto surrealismo, é pura intuição das misturas?
Amaral – Pura intuição, principalmente essa fluência incondicional sem interferência externa, ou quase, esse abismo entre Pollock e Miró, quase um automatismo, é um fato inegável. O Hipocampo nasceu desse impulso.
Como tu vê as artes plásticas aqui em Teresina? E o quadrinho, atualmente? Quem tu admira na nova geração?
Amaral – A Street Art abriu cancelas para uma outra forma de pintura. Hudson Melo e outros artistas que vieram do grafitti já trazem o antídoto, a experiência desde cedo, de uma relação menos dolorosa que aquelas que temos na escola, já começam absorvendo novos conceitos e a oportunidade da experimentação. Essa atitude de tirar resposta rápida através dos suportes urbanos tem muito do nosso conceito de desconstruir a matrix. O trabalho do grupo do Teatro João Paulo II, a convicção e a facilidade com que constroem parcerias, enriquece muito a experiência estética. Adler Murad, que veio daí, é hoje um dos artistas com maior probabilidade de encaminhar novas propostas. A nossa deficiência de uma Escola de Arte, está sendo resolvida com o trabalho do Marcelo Evelin e do grupo que se formou e tem ocupado os centros urbanos, mundo afora. O Salão de Artes, embora mal concebido, também tem revelado alguns embriões dessa nova geração de artistas. Joniel Veras é um deles, artista de grande sensibilidade e sutileza semântica, que, além de pintor, é um dos mais talentosos compositores dessa nova geração: pinta, escreve, canta e, principalmente, compõe com uma facilidade que nunca vi em nenhum outro artista. Braga Tepi, outro artista que também procura se distanciar do convencional, já é presença no cenário nacional. A escultura, menos que a pintura, não absorve tanto esse embuste do mercado, das regras impostas. Tepi é, sem dúvida, nossa revelação.
Tu não falou sobre ninguém envolvendo o quadrinho…
Amaral – Ângela Rego me marcou com seu quadrinho, de grande força dramática que remete ao expressionismo. Caio Oliveira, com Foices e Facões, fez um quadrinho de fôlego com seu irmão Bernardo Aurélio que, além de desenhista, é também pesquisador. Essa obra, um quadrinho histórico, sobre a Batalha do Jenipapo, com mais de 170 páginas de narrativa segura, é um material de excelente potencial didático que ainda é sub-utilizado, desconhecido por nossos professores. Essa rapaziada, que faz o movimento de quadrinhos aqui em Teresina, tem produzido em quantidade e qualidade nunca antes visto. Aqui temos, também, um dos artistas mais premiados do Brasil: Jota A é um colecionador de troféus, um criador contumaz que tem no humor sua maior expressão.
Como tu vê esse mercado de arte em Teresina? E, olhando pra hoje, como tu já tem uma estrada: alguma época foi menos ruim que agora?
Amaral – Mesmo num lugar onde não existe um mercado, como Teresina, de qualquer forma, é você quem faz o seu. Eu não procurei fazer mercado nenhum. Foi uma escolha. Não me sinto motivado. Existe uma tendência, um formato, deliberado pelos arquitetos, no qual não me enquadro. Não estou querendo com isso desmerecer os alinhados a esse formato, até porque, alguns desses, como Fátima Campos, artista de irrefutável maturidade, não se enquadraria, produzindo em grande escala, tanto em cerâmica como em pinturas, ocupa uma boa fatia do mercado nacional, no qual essa manipulação é mais dispersa e menos rigorosa, onde seu trabalho pode ser visto, interpretado e comercializado, possibilidade, ainda remota, num lugar como Teresina. Uma cidade que não alcança valores como Otávio Meneses, artista com uma obra de raro conceito no panorama do mundo Fashion, como vai saber quem é Acilino Madeira, um dos compositores mais requisitado hoje na Paraíba, com músicas cantadas por artista como Chico Cesar e Lenine? Diante dessa constatação, posso dizer que nossa aldeia ainda não comporta os seus talentos. Mas, como dizia Oscar Niemeyer: “Nada disso tem importância, nem a arquitetura, nem a arte, só importa a vida”.
E falando sobre política pública? Algum governo foi melhor que agora? Ou agora tá melhor do que antes?
Amaral – Não poderia começar esse assunto sem citar o nome do Cineas Santos, foi ele quem mais publicou nesse estado. Desde 76 que ele faz isso. Já editou praticamente todos os escritores piauienses. O Conselho Estadual de Cultura já existia, e é, ou era, acho que não existe mais, o mais antigo do Brasil. Essas edições, porém, não tinham nenhum cuidado estético, não existia projeto gráfico, os livros não tinham capas, ou seja, não tinham layout, eram edições puramente burocráticas. Foi, a partir daí, que os livros passaram a ter um projeto. As primeiras capas foram feitas pelo Nonato Oliveira e Fernando Costa; também as primeiras ilustrações, com o Arnaldo Albuquerque e Fábio Torres. Fica claro, então, que a melhora foi da água pro vinho, me referindo somente às publicações.
Tu fez parte do corpo editorial da revista Pulsar, com uma leva de pessoas da mesma geração. Era um corpo multidisciplinar: escritores, editores, artistas plásticos, fotógrafos… Inclusive, tu foi responsável pelo visual da revista. Comenta um pouco sobre a Pulsar e seu papel no cenário cultural de Teresina.
Amaral – O projeto da Pulsar era audacioso, fazer uma revista de cultura e, ainda por cima, sem ajuda oficial. Era uma espécie de prestação de contas desse grupo, empenhado numa busca da identidade cultural piauiense. Queríamos acrescentar alguma coisa ao nosso conhecimento de Piauí, mas as fontes bibliográficas eram poucas. A arqueologia era um manancial disponível e ainda sub-utilizado. Seguimos nessa direção, foi a forma que encontramos de somar e confrontar nosso conhecimento. Foi aí que resolvemos começar com uma entrevista com Niède Guidon. Niède nos deu uma informação preciosa, a existência de um desenho rupestre no qual um grupo de pessoas dançavam em torno de uma arvore e, que esse desenho, depois confrontado por ela, foi reconhecido como similar a um ritual, A Dança do Umbuzeiro, observado numa tribo do tronco Jê, em Goiás. Esse traço cultural tem 12 mil anos! Uma cultura que sobrevive esse tempo todo merece uma atenção e um estudo mais criterioso. Quanto ao projeto visual da revista, tínhamos a preocupação de trabalhar com simbologias próprias da singularidade da nossa região. Fizemos um encadeamento semântico com explicações antropológicas, dentro do que tínhamos lido. Havia a questão dos triângulos, do tempo ternário, do azul e do amarelo, que era uma metáfora com as penas da Arara Canindé. Fizemos essas relações e essas instigações. Se a gente está correto, ninguém sabe. Mas foi uma tentativa de tentar acertar. A nossa intenção foi de abrir o campo das discussões. O canal da gente era mesmo a poesia, artes plásticas, artes gráficas. A Pulsar foi a nossa bandeira mesmo, e tivemos ainda 5 números. O último foi com o Paulo Machado, que justamente foi o cara que pensou o projeto da revista.
Ano passado, tu passou um mês na Alemanha, em Hamburgo, convidado pelo Instituto Goethe. Fala sobre teu trabalho no projeto Osmose.
Amaral – É um projeto de residência artística, durante um mês, num país estrangeiro. Um projeto do Instituto Goethe, de Porto Alegre, para a Feira do Livro de Frankfurt, este ano, onde o Brasil é homenageado. São 6 artistas, 3 alemães e 3 brasileiros que foram deslocado de seus países para viver uma xperiência inusitada, daí, produzir uma HQ de 10 páginas sobre essa experiência, esse estranhamento. Na frente do Instituto Goethe, em Hamburgo, onde diariamente freqüentava um curso de alemão, tem uma escultura de um artista, Stephan Balkenhol, um casal gigante, eu ficava ali na frente observando, todos os dias a mesma cena, foi de onde tirei a minha narrativa O Olho Choco. O que mais me marcou nessa experiência foi me dar conta da presença de um oceano entre mim e o meu mundo real, foi a lição mais concreta de realidade, de como a existência é uma coisa física.
Que mentira tu gostaria que fosse verdade?
Amaral – Eu sou músico! (risos) Por quê?
Amaral – Teve uma época, anos 70, em que estava muito envolvido com a música, mais do que qualquer outra coisa. Tive que escolher, levar duas expressões assim, carece de muita disciplina, escolhi a que acredito ser menos incompetente. A música é passional, quer você só pra ela. Ficou uma relação mal resolvida, não posso aceitar que ela fique e nem quero que ela se vá.
Fotos: Meire Fernandes
Artista de traços excepcionalmente raros e belos. Tenho um quadro seu pintado a óleo de 1999!