A Literatura Indígena é uma Flecha que Voa em Várias Direções – Entrevista Ademario Ribeiro

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Entrevista concedida a Julie Dorrico em abril de 2020.

Ademario Ribeiro é indígena do Povo Payayá (Miguel Calmon – Piemonte da Chapada Diamantina, Bahia). Doutorando e Mestre em Ciências da Educação pela Universidad Interamericana (UI). Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social (EPDS) pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). É escritor (poeta e teatrólogo). Diretor Teatral, Ambientalista, Fundador da Associação ARUANÃ e da Associação MUZANZU, entre outras atuações.


1 – Prezado parente Ademario Ribeiro, fale-nos um pouco de você e de seu povo.

A região de nascimento da família de mãe, Amélia, era conhecida nos primórdios como Canabrava, terra imemorial do povo Payayá, atualmente, Miguel Calmon, localizada no Piemonte da Chapada Diamantina. Meu pai, Alberto, embora fosse um excelente ser humano, vindo da cidade de Mundo Novo, tivesse sua ramificação com os colonizadores desse imenso território da Chapada. O povo Payayá desde o século XVI sofreu as mais adversas práticas de extermínios, apagamentos e silenciamento – desde as armas, aldeamentos, catequeses, escárnios, menosprezos até a aprendermos nas escolas aquela educação com cópias malfeitas a respeito de ser indígena é um ser menor, pagão, inculto, desprezível. Minha foi fruto dessas crueldades e apagamentos. Seus filhos em número de oito e eu o caçula deles não foi diferente. Meus pais e nossos parentes se sustentavam do que plantavam. Com a morte de meu pai em 1964, minha mãe com seus que não a(traídos) pelas luzes da cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, passou trabalhar como meeira ou em terras emprestadas por fazendeiros.

Após décadas resistindo ao clima árido para a lavoura, doenças de minha mãe e de um irmão, Almiro, o jeito foi debandarmos para Salvador, onde estavam meus irmãos mais velhos. Passei a angustiar-me com a cidade dada a falta do mato, da mina gente, dos brinquedos que eu mesmo fabricava e dos apelidos e arrelias que iam colocando em mim por causa do corte do meu cabelo, do sotaque da minha fala. Assim, busquei no teatro uma forma de catarse ao mal-estar-e-ser na cidade – sem meu sertão. Voltei à minha terra natal. Lá meu padrinho, Francisco, conhecido como Chiquinho dos Bois me acalma mostrando o lugar em que nasci, que segundo ele era terra dos Payayá. Volto à capital escrevendo uma peça teatral com o título: “A Última Flecha Payayá”. Daí nasceu a minha teatrologia e poética. Só passei a me afirmar indígena depois de inúmeros encontros com pajés, anciãos, anciãs, líderes e escritores e escritoras indígenas de diversos povos/etnias, em dezenas encontros e, definitivamente, quando minha mãe aos 98 anos, antes de falecer em julho de 2015, expõe diante de minhas insones perguntações onde nascera toda a sua ramagem familiar em localidades como, Cabral, Quebrada da Lagoa (Fazenda Lagoa), Almas, Assa-Peixe, entre outras.

2 – Estudantes indígenas têm priorizado em suas pesquisas temas e metodologias extraocidentais com intuito de valorizar seus conhecimentos ancestrais apresentando outros paradigmas no fazer ciências humanas. Fale-nos de sua pesquisa atual;

Postergando, incialmente o termo “extraocidentais”, prefiro pensar nas perspectivas e abordagens de (des)construção do que foi imposto pela escritocêntrica europeizante que deturpou e nominalizou tudo o que encontrou dos povos indígenas. Minha pesquisa desde a licenciatura passando pela especialização, mestrado e, ora, o doutorado – tenho buscando conhecer acerca das histórias e culturas dos povos originários e quais aportações de autorias indígenas e não indígenas contribuem para o ensino da temática indígena na sala de aula com vistas à implementação da Lei 11.645/2008 que determina o ensino das histórias e culturas dos povos indígenas na Educação Básica. Nesse aspecto da revisão de literatura tenho valido muito das autorias indígenas, tais como: Ademario Ribeiro; Ailton Krenak; Casé Angatu; Cristino Wapichana; Daniel Munduruku; Davi Kopenawa; Eliane Potiguara; Ely Macuxi; Gersem dos Santos Baniwa; Graça Graúna; Jamille da Silva Lima; Julie Dorrico; Juvenal Payayá; Kaká Werá Jecupé; Manuel Moura Tukano; Márcia Wayna Kambeba; Rafael Xukuru Kariri; Tiago Hakiy e Yaguarê Yamã, entre outras.

Das autorias de não indígenas, destaco: Aníbal Quijano; Aracy Lopes da Silva; Aryon Dall’Igna Rodrigues;  Bartomeu Melià; Beatriz Carretta Corrêa da Silva; Boaventura de Sousa Santos; Bruce Albert; Carlos Martínez Sarasola; Curt Nimuendaju; Edson Hely Silva; Emilia Ferreiro; Eduardo Viveiros de Castro; Francisco Alfredo Morais Guimarães; Iara Tatiana Bonin; João Pacheco de Oliveira; John Manuel Monteiro; José Maurício Arruti; José Ribamar Bessa Freire; Jussara Gomes Gruber; Kelly Russo; León Cadogan; Luiz Grupioni; Manuela Carneiro da Cunha; Maria Aparecida Bergamaschi; Maria Regina Celestino de Almeida; Mauro William Barbosa de Almeida; Néstor Canclini; Norma Telles; Pablo Dávalos; Paulo Freire; Paulo Suess; Pedro Paulo Funari; Ramón Grosfoguel; Rodolfo Kusch; Suzane Lima Costa; Vera Lúcia Candau; Waniamara de Jesus dos Santos; Chicangana-Bayona, Xavier Albó, entre outras.

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3 – A literatura indígena, bem como as artes desenvolvidas pelos indígenas, pode ser vista como ferramenta de resistência à sociedade dominante? Como você avalia essa questão?

Os povos indígenas sempre lutaram. Sempre fizeram artes. Sempre inscreveram nas pedras suas histórias, aventuras, cotidianos, fenômenos, sobrevivências e, eis que, ao passarem a dominar a escrita a oralidade toma uma forma formidável para expressar e comunicar de maneira radial mais pessoas e geografias, ampliando contatos, aprendendo e ensinando – logo, sua literatura passa a ser uma flecha que voa em várias direções, e, principalmente – atinge os vãos das casas, dos pensamentos, dos corações e consciências daqueles que chegaram aqui milanos depois deles e pode causar uma mudança de paradigma, pode ser uma revolução –lenta – mas pode impactar – positivamente indígenas e não indígenas. Uma característica de boniteza da literatura indígena é de que ela não apenas apresenta o individuo que escreve como também o coletivo e nessa escrita veem o amor e lida com a Terra-Mãe, a ancestralidade, a cosmogonia, a medicina, os valores da cultura, a caça e a pesca, as artes, os trabalhos manuais e os sonhos numa conexão com os entes visíveis e invisíveis, espíritos, águas e céus – num diálogo cotidiano, sem separação.

4 – Um outro aspecto tem chamado a atenção na sociedade nacional. O número crescente de pessoas, especialmente jovens, que têm reivindicado a pertença étnica, ao identificar na família o apagamento de suas memórias e orgulho da identidade indígena. Esta atitude tem sido bastante frequente com os que vivem em contexto urbano. Entre os Payayá têm acontecido isso?

Tem sim. Digo que não apenas entre nós Payayá, mas na Bahia como um todo. Brasileiros e brasileiras começam a ter conhecimento de que existem não existem apenas negros e brancos no Brasil e que se muitos podem ser afirmar brancos ou negros por algum atributo que tenham, como por exemplo, a cor da pele, por que quem tem informações da origem indígena do pai, mãe, avó, avô não pode afirmar essa
descendência? Como afirmou o antropólogo Viveiros de Castro (2006): “No Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é”. Antes de não indígenas chegarem aqui, as pesquisas apontam que há mais de 100 anos já havia gente habitando esse território passariam a chamar-se de Brasil há apenas 520 anos. Há um movimento, uma onda que de atração, algo que vem tocando as pessoas a fazerem seu caminho de volta. O modelo que aí está desgasta a alma como uma semente é esmagada numa moenda. A alma quer
voar. Quer espaços, a natureza e a alma indígena ela tem esse caminho de volta – como se fossem os passos do Curupira: ao sair para frente seus rastros sempre estão voltados para de onde saiu: sua origem, seu lugar, seu canto no universo.

5 – Como é a educação Payayá e o que ela tem de diferente da sociedade nacional e não indígena?

Pessoas que se afirmam Payayá estão em alguns municípios da Bahia. Na Cabeceira do Rio, município de Utinga, estamos nos reorganizando depois de séculos de tantas diásporas como falei acima. Readquirimos um pedaço da terra ancestral e ali estamos cuidando da perenização das águas do Rio Utinga, preparação e plantio e transplantação de mudas de árvores nativas da região e, o projeto de Educação está sendo pensado coletivamente em alguns encontros presenciais e outros via digital em grupos pelo WhatsApp. Todos querem dar sua contribuição; desde os que lidam com educação, com ervas, com as roças, com as mudas de plantas, com a literatura, com os cantos e danças, com os caprinos, com lidas sociais, etc. Nossos valores são de buscarmos constantemente a sabedoria que vem da natureza com suas plantas e suas curas, animais de pés e alados e seus auxílios, das águas fundas e rasas, escuras e claras. Com a Terra-Mãe queremos nos harmonizar, casar, brincar, trabalhar, cuidar dos filhos, contar histórias dos antepassados para eles e de respeitar os mais velhos. Saber falar a nossa língua nativa e a portuguesa para poder dialogar com o mundo de dentro das comunidades indígenas e nas comunidades dos não indígenas. Poder olhar o céu estrelado e estudar o que nos dizem os astros, coriscos, profecias, sonhos e visões, fazer uma fogueira e ver no Espirito do Fogo o que nos revelam as labaredas. São esses valores que queremos apresentar em nossa Educação. Nosso povo em Cabeceira do Rio ainda estuda nas escolas do município de Utinga, mas, cremos que controlarmos a Covid-19, ficará forte a retomada do nosso ethos e lançarmos os pressupostos norteadores da Educação Indígena Payayá. Estamos todos envolvidos por esse objetivo!

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6 – O mês de abril é inequivocamente conhecido o mês do Índio. O data comemorativa, 19 de abril, foi criada através do decreto-lei 5540 de 1943, mas foi proposta em 1940 por lideranças indígenas, no Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. O que muda para você nesse mês?

Muito tempo falado sobre essa data. Temos que pegar essa oportunidade para falar dos Povos Originários e não mais de índios – termo equivocado, estereotipado e preconceituoso. Devemos apresentar a nossa diversidade étnica, linguística, cultural, cosmogônica… Questionar sobre nossos direitos na Constituição Federal de 1988: cadê a demarcação das nossas terras? Cadê nossa Educação Escolar Indígena com estrutura física e pedagógica de acordo com o formato cultural identitário de cada povo/etnia? Cadê a qualidade em nossa saúde? E a saúde da Mulher e da Criança? Cadê a segurança de ir e vir? Cadê a justiça contra os que criminalizam as nossas lideranças? Cadê a implementação da Lei 11.645 de 2008 no que determina para o ensino das histórias e culturas dos povos indígenas: livros e materiais didáticos para todas as escolas indígenas em quantidade, qualidade e sua satisfatória distribuição, inclusive, para as escolas não indígenas? Enfim, que o Dia do Índio passe a ser o Dia dos Povos Originários e sem comemorar com os sons, desenhos e maquetes estereotipados (alusões aos indígenas norte-americanos) ou de que todos os indígenas só habitam em ocas (termo Tupí), falam a mesma língua (Tupí ou Guaraní) e professam um mesmo Deus (Tupã), etc. Que façam uma pesquisa sobre cada povo para levantar sua história, cultura, geografia, língua, processos sociais…

7 – Você também é poeta. Na sua poesia você usa como referência termos e saberes indígenas. Poderia compartilhar uma poesia autoral neste espaço?

Difícil foi selecionar um poema em um milhão de poemas/poesias. Segue então um que foi publicado na Poética Poranduba – Eco-étnica, 2001:

AS COISAS COMO ELAS SÃO

Se aprende na escola
Que casa de índio é OCA
(isso se for para os Tupí)
e é que também cola
se for para os Wayãpy.
Aonde Yanomami se toca
É bom não confundir
Ele chama de MALOCA
Mas para os Xavante é RI
Para os Pataxó é PÃHÃI
É SETHE para os Fulni-ô
Para os Karajá é HETÔ
Para os Munduruku é UK’A…

E para os Yawalapití?
E para os Txukahamãe?
E para os Kirirí?
E para os Krahô?
E para os Maxakalí?
E para os Xakriabá?
E para os Kaaeté?
E para os Karajá?
E para os Kantaruré?…
É bom não se confundir
Não é um FEBEAPÁ
E não se fica em pé
Quando seguro não está!!!

Muito que se resgatar
Para se prosseguir
Muito que se reutilizar
Para se garantir
Muito que se reciclar
Para se redistribuir
Muito que se preservar
Para se existir
Para se existir
As coisas como elas são
É preciso reaprender
Aprender a antiga e nova lição!

8 – Fale-nos da sua autoria;

Minha literatura se desdobra em dezenas de peças teatrais, zis (não sei calcular a imensidão!) de poesias e poemas, algumas crônicas e artigos acadêmicos. Ela é um arco que arremessa sua flecha que parte com um coração apaixonado, uma chama, um grito, mas sempre com um recado. O recado é de amor, de dor, de busca de justiça ou para subir e ficar de bubuia – para afugentar a angústia. Preciso escrever porque os ancestrais sinalizam. Porque as crianças necessitam de espaço para brincar, caminhar, inventar suas poesias, construir suas histórias ou como dizem os Zapatistas: para construir um mundo onde caibam outros mundos. Nossos ancestrais sempre anunciaram sobre o Bem e o quanto havíamos de estar atentos para ele, o Bem prevalecesse, mas que, mesmo assim, teríamos batalhas, contendas e grandes conflitos. Pediam que tivéssemos coragem e fôssemos unidos. Que cuidássemos do olho d’água e da rama verde. Só assim poderíamos continuar a nossa caminhada na Terra. Havíamos de zelar pela Mãe Terra com muito amor! Minha escrita tem que ecoar esses sons da alma ancestral e também há de contribuir com as línguas indígenas! Esse patrimônio necessita urgentemente da salvaguarda! Tenho alguns livros engavetados escritos trechos dinâmicos nesses idiomas. Por isso preciso continuar a escrever. Escrever é revelar, é sonhar, é lutar!!!

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9 – Qual é a diferença entre a autoria indígena e a autoria não indígena? Fale-nos um pouco sobre suas descobertas;

A perspectiva e a abordagem na Literatura Indígena buscam um sentido para a humanidade. Ela é de autoria individual e é também coletiva. Ela se anima desde o ethos de cada comunidade, desde o que se aprendeu dos ancestrais em relação ao Planeta Terra e toda a sua Teia a fim de que não alteremos seu curso – do contrário, não havendo respeito e amor – o que sobrevirá sobre a humanidade será uma destruição feroz, desigual e incontrolável para a força humana. Só a construção de um Caminho para todos e todas onde possam trilhar a igualdade e a equidade. Essa será a única maneira de evitar ou diminuir o impacto desse acontecimento. Essas revelações vêm dos povos da Terra Inteira com seus diferentes textos e línguas. Nossa literatura trata desses mistérios, cotidianos e valores que nos auxiliam nos cuidados com a Nossa Casa Terrestre e Cósmica, com os ensinamentos ancestrais, com as crianças e de tudo em nossa volta. Na literatura não indígena raramente percebo esses valores. Claro, sinto que de uma forma ou de outra algumas dessas literaturas se alimentaram e se alimentam do que é a mística ou amálgama que anima os povos originários em suas narrativas e cosmologias. A origem das autorias, interesses e temas que as motivam são o diferencial entre as suas literaturas. Finalizando, durante meus estudos de mestrado em Buenos Aires, na Argentina, conheci um escritor e antropólogo admirável: Carlos Martínez Sarasola (1949 – 2018) – que foi fundador de um programa de rádio e do Diário dos Povos Indígenas “ElOrejiverde”. Ele escreveu obras basilares sobre os nossos povos indígenas na América Latina. Nelas encontramos a forte e diversa presença cultural e espiritual amerindígenas. Destaco aqui algumas dessas obras: Nuestros Paisanos los Indios (1992), Los Hijos de la Tierra (1998), El Lenguaje de los Dioses (2004), De Manera Sagrada y en Celebracion (2010), La Argentina de los Caciques (2012) e, Toda la Tierra es una sola Alma (2014). No Brasil necessitamos de um olhar como o dele para os povos indígenas daqui. Nós tínhamos um projeto que iria estabelecer essa possível ponte, mas, ele foi convidado a brilhar em espaços inauditos. Também, acerca desse “olhar” conversava com o líder espiritual da região do Rio Negro, na Amazônia, Manuel Fernandes Moura Tukano, “Nosso Moura”, entretanto mais uma subida inesperada para nós: ele partiu para os espaços inauditos, por certo guiado pelos “diroás”. Sobretudo esse olhar (ainda) permanece entre nós e sabemos que eles dois, Carlos e Moura, estão nos iluminando por aqui. O melhor está por vir!

10 – Queremos agradecer o tempo dispensado para responder esta entrevista e gostaríamos de saber se deseja acrescentar algo.

Por gratidão a você parenta, agradeço-te numa diversidade de línguas:

– Auîebeté ndebe! “Muito obrigado!” – Em língua Tupí.
– Xipat oboré! “Tudo de bom!” – Em língua Munduruku.
– Kuekatureté! “Muito obrigado!” – Em língua Nheengatu.
– Awiri! “Tudo de bom!” – Em língua Karajá.
– Bure’du po’o! “Muito obrigado!” – Em língua Kirirí.
– Aguyjé! “Muito obrigado!” – Em língua Guaraní.

2 comentários em “A Literatura Indígena é uma Flecha que Voa em Várias Direções – Entrevista Ademario Ribeiro”

  1. Parabéns! Por tão nobre posicionamento diante da sociedade européia que não quis ou não foi capaz de se harmonizar com a sociedade de ABYA YALA, PIDÓ e MAR’ANHÃN. Continuemos crescendo e nos fortalecendo para nós desintoxicar dos conceitos, princípios, objetivos, que buscam submergir nossos princípios, conceitos, fundamentos e modo de vida. Ainda que diariamente sejamos forçados a miscigenar nossas convicções.

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