Ao longo de 2020 nós da revista Acrobata e o poeta, ensaísta e tradutor, Floriano Martins, desenvolvemos uma parceria que tem levado aos nossos leitores e leitoras um conteúdo literário com diversas traduções, textos críticos e entrevistas, com poetas de várias partes do mundo, porém, com uma pegada forte no continente americano, principalmente de expressão hispânica. Recentemente percebemos a necessidade de dar corpo a um projeto mais específico e concentrado, no intuito de organizar e dar a ver/ler uma parcela da produção poética hispano-americana. Depois de algumas conversas chegamos à ideia de criar um Atlas Lírico da América Hispânica, audacioso projeto que abrange 19 países, tendo como curador e tradutor o Floriano Martins. A seu lado, dividindo com ele o trabalho de tradução, a poeta e editora Elys Regina Zils. Este projeto se soma também em parceria com o conteúdo da Agulha Revista de Cultura. Que o resultado encontre uma boa acolhida da parte de todos aqueles interessados na tradição lírica hispano-americana. Agradecimentos a todos os poetas que colaboraram com o envio de textos e sugestões, em particular a colombiana Berta Lucía Estrada, pela entrevista de abertura que realizou com o curador/tradutor Floriano Martins.
Traduções
Atlas Lírico da América Hispânica – Diálogo entre Demetrios Galvão & Floriano Martins
Segue uma breve conversa que esclarece um pouco sobre nossas reflexões e qual a proposta do projeto.
DG | Eu comecei a me interessar pela poesia produzida nas Américas através de um livro que você organizou, O Começo da Busca: o surrealismo na poesia da América Latina. Esse livro foi de grande importância para mim e na construção do meu repertório de leituras fora do eixo europeu. Na tua opinião, porque no Brasil se conhece tão pouco sobre a literatura/poesia feita no nosso continente?
FM | O Brasil conhece pouco ou menos acerca da literatura, em qualquer latitude, que não participe de um cânone viciado. E como lemos cada vez menos, a catástrofe um dia chegará à soleira de uma sociedade ágrafa. Claro que se pensamos em termos de América Hispânica, o dilema assume uma conotação atípica porque somos um país cercado por …
ÚLTIMAS POSTAGENS
3 Poemas de Mónica Velásquez Guzmán (Bolívia, 1972)
5 Poemas de Roberto Echazú (Bolívia, 1937-2007)
8 Poemas Micaela Mendoza Hägglund (Bolívia, 1981)
3 Poemas de Matilde Casazola (Bolívia, 1943)
3 Poemas de Elvira Espejo Ayca (Bolivia, 1981)
5 Poemas de Janina Camacho (Bolívia, 1981)
3 Poemas de Juana Roggero (Argentina 1980)
4 Poemas de Diego Roel (Argentina, 1980)
Traduções
ATLAS LÍRICO
Projeto de difusão da tradição lírica hispano-americana, uma parceria entre Agulha Revista de Cultura e revista Acrobata, o Atlas Lírico da América Hispânica teve início em 2020 e vem desde então sistematicamente publicando uma seleção de poemas de poetas dos 19 países hispano-americanos, desde os mais famosos até jovens estreantes. Os contatos e poemas são definidos pelo curador do projeto, o poeta Floriano Martins. As traduções dos mesmos são realizadas por Floriano Martins, Elys Regina Zils e Gladys Mendía. Demetrios Galvão, um dos editores da revista Acrobata, cuida da inserção dos textos na plataforma e sua difusão. Esta parceria tem dado ao projeto um perfil dinâmico, onde semanalmente são lançados novos poetas, tornando o Atlas o centro difusor mais denso e expressivo da poesia hispano-americana.
Segundo o curador do projeto, Floriano Martins, o Atlas publicou até o momento mais de 300 poetas, e segue em um ritmo incansável de busca de nomes que sejam representativos da poesia em cada um dos 19 países hispano-americanos, de modo que constitui um banco de dados, que alimenta tanto os interessados em pesquisas quanto na simples fruição dessa riqueza estética sem precedentes. Convidamos todos aqueles interessados em divulgar a sua poesia, como também a nos dar sugestões acerca de poetas até o momento não incluídos, que se manifestem através de nossos e-mails, para que vejamos as possibilidades de atenção. O projeto está aberto e prossegue iluminado pela palavra poética que expressa a grandeza humana naquilo que temos de mais essencial para compartilhar com todos.